E depois de quase dois anos presa nisso (sim, você não leu errado), eu finalmente posso afirmar com todas as letras: TERMINEI O TCC! Fui aprovada lindamente e agora inicia-se uma nova vida, pelo menos pra mim, haha.
Quem acompanha o meu blog a um certo tempo, pôde ver de perto a minha saga com o TCC. E se você não viu, aqui tem o início e aqui tem o meio (bem detalhado) da história; e o post de hoje é pra fechar de verdade esse longo ciclo.

Em partes esse ano foi muito mais tranquilo que o ano passado, mas não significa que tenha sido menos trabalhoso. Não cheguei a fazer mudanças drásticas na estrutura do TCC, porém ele passou pelo dobro de correções que o ano anterior e inclusive acrescentei um pouco mais de conteúdo. Melhorei a pesquisa, acrescentei mais páginas na revista, fiz mais testes de impressão, me empolguei, chorei, me desesperei, gritei, gastei investi mais… UFA!

Haja cópia ($) p/ 2 anos de TCC, né? E olha que eu nem coloquei as impressões iniciais da parte teórica, sem encadernação.

Em todos os momentos, apontei a defesa do meu TCC em torno do k-pop e da disseminação da cultura coreana no Brasil. E confesso que no início passei por certos preconceitos com relação ao tema que escolhi. Alguns até sugeriram que eu fizesse sobre outro assunto, haha. “Moça, mas quem é que vai querer saber de uma revista sobre cultura coreana e as músicas de lá?” “Nossa, mas porquê sobre algo de tão longe? Faz do Brasil.” “Existe alguém que conhece isso?” Etcétera, etcétera, etcétera…

A proposta era de que a revista KBOX fosse um complemento do seu site de origem, mas que agregasse temas adicionais e ainda mais conteúdo informacional. Então expliquei precisamente o que é o k-pop e que o estilo também ganhou fama no Brasil, sendo que cada vez mais nota-se a necessidade do público de uma opção nova como fonte de notícias acerca do k-pop, visto que atualmente a principal mídia para obtenção desse tipo de conteúdo é online. Afinal de contas, são inúmeras notícias que saem a todo o momento, desde o lançamento de álbuns novos, divulgação de shows e videoclipes e até mesmo assuntos mais banais, como a vida pessoal dos ídolos.
Salientei também que, além disso, os fãs de k-pop buscam continuamente por meios de obter uma chance de ficar mais perto do seu grupo ou artista favorito, a julgar que trata-se de um estilo originário da Ásia, o que dificulta essa aproximação. No caso do público brasileiro, essa possibilidade atinge barreiras ainda maiores, visto que quando trata-se de eventos e número de fãs, o Brasil ainda não é tão reconhecido como outros países, ficando para trás nessa escala.

Claro que a situação no Brasil acerca do k-pop tem mudado, pouco a pouco shows e eventos estão vindo para cá, mas ainda estamos engatinhando. Então toda essa minha justificativa e defesa se fez necessária. Além do mais, apesar de existirem algumas revistas fanmade sobre k-pop no Brasil (inclusive a pesquisa e análise que fiz dessas revistas consta no meu TCC), até então ninguém havia criado o projeto gráfico de uma, com base no design editorial e suas ramificações. Mas hoje eu vou pular a explicação de toda essa parte técnica, pois já expliquei isso com detalhes e muito bem nesse post do ano passado.

O fato é que eu não teria conseguido vencer mais essa etapa da minha vida se eu não tivesse o apoio dos meus amigos. Sério, acho que a maioria já sabe de cor o meu TCC e não aguentava mais me ver falando/surtando sobre isso. Nem eu. Ter que repetir o ano, ou melhor, ter que repetir “apenas” o TCC, me deixou muito triste. Eu fiquei tão pra baixo que nem compareci na formatura da minha turma, pois não via sentido para comemorar. Comemorar o quê? Chorei muito, fiquei meio ~fora de órbita~, meu sistema imunológico ficou louco, rs. Porém, com a ajuda de muita gente especial eu consegui erguer a cabeça e enfrentar esse ano, concluir o meu projeto e finalmente me formar.
Cada palavra, cada mensagem, cada incentivo, cada gesto das pessoas que me apoiaram, mais próximas ou não, me deu uma força imensa e contribuiu para que eu não desistisse do meu objetivo. Só tenho a agradecer muito, mas MUITO mesmo a essas pessoas: Ni, Pri Batisti, Lika, Thaminne, Lominha, Pat, Cih, Áxil, Alf, Amanda, Bryan, Édypo, Fagui, Nathália Tasca, Jana, Mari Denegredo, Mari Duarte, Nathalia Almeida, Debbie, Sarah, Yaya, Ken, Rapha, Gui, Gê (Georgia), Lullys, Malu e muitas outras que acompanharam todo esse processo e me aguentaram. Os amigos que coloquei na lista de agradecimentos (em ordem alfabética que é pra não ter brigas) são os que estiveram comigo desde o início, ou que se manteram mais presentes. Mas com toda certeza cada um foi essencial .

Mas voltando ao projeto em si… então a minha revista ganhou forma. É difícil ter uma opinião própria sobre o resultado final, tendo em vista de que eu já não aguentava mais olhar para o meu TCC, hahaha. Obviamente fiz tudo com carinho e dedicação, mas quando você fica preso tempo demais numa coisa só, já não consegue mais dar uma opinião real, se é que me entendem. Vou deixar essa parte para vocês, após terminarem de ler o post.

Para apresentar meu TCC à banca, pensei num modo que eu pudesse mostrar de forma mais clara o que realmente é o k-pop. Tinha consciência de que apesar dos avaliadores já terem lido o meu projeto, ainda assim teriam uma noção vaga do conceito. E vamos combinar que o interessante do k-pop é assistir as performances, ver os videoclipes, as coreografias, pegar referências de moda/estilo dos artistas… além de curtir as músicas, claro.
Eu tinha apenas 20 minutos para apresentar o meu projeto. Apresentar um projeto de 2 anos em 20 minutos é moleza né? /risos/ Bom, acabei selecionando alguns MV’s de k-pop para fazer uma compilação e mostrar como o k-pop é variado e possui essa mistura de gêneros musicais que o caracterizam como um estilo. Então escolhi um MV mais puxado para o hip hop, outro mais para o pop, outro para o pop rock, r&b… e por aí vai. A compilação ficou com dois minutos e meio, ou seja, tive que ser rápida (aliás, thanks Bry pela ajuda imensa com isso!). Vocês podem conferir a compilação em seguida; e me desculpem se fui meio biased na escolha dos vídeos, RISOS.

E no término da apresentação eu mostrei um vídeo com o modelo final da minha revista, folheando a mesma e mostrando a interatividade com os cards colecionáveis. Desculpem se o meu cabeção aparece às vezes, mas esse vídeo foi gravado aos 45 do segundo tempo. E claro, com a grande ajuda da minha amiga, Ni <3

Eu publiquei a revista online, para que vocês possam vê-la melhor. Porém, a qualidade das páginas diminuiu bastante durante o upload Mais tarde eu tentarei corrigir esse problema e fazer o upload com uma qualidade melhor.

Quando um dos avaliadores da banca veio até mim e disse “Parabéns, você foi aprovada”, a minha vontade foi de sair correndo e berrando dali mesmo, tamanha a felicidade. Mas me contive e esperei sair pela porta para cair no choro. Choro de alívio, choro de quem não acreditava no que tinha acabado de acontecer. Eu realmente passei de ano? Acabou? Fui aprovada? Não é tudo um sonho? Não, não era. E pra quem nunca pensou que conseguiria escrever dez páginas de um projeto de TCC, acho que quase 150 páginas são suficientes, certo?

Aos meus amigos: obrigada por terem acreditado em mim quando eu não acreditei. Obrigada pelas mensagens de carinho, pelos puxões de orelha, pela paciência com os meus posts mimizentos no facebook; pelo companheirismo, por tudo que fizeram e continuam fazendo todos os dias. Amo vocês. E quem sabe eu continue com o projeto futuramente, mas por enquanto quero um pouco de paz, férias e quero dormir todas as horas de sono que perdi.

E sim, existe vida pós TCC e ela é tão boa que faz todo o sofrimento valer a pena. Eu já estou vivendo, e vocês?