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Não seja um porque: a relevância de 13 Reasons Why

Antes de tudo: esse post está recheado de spoilers, então sugiro que você assista a série primeiro e depois o leia. Ou você pode ignorar esse aviso e ir em frente, afinal de contas, esse post é válido para qualquer um disposto a compreender melhor as particularidades de cada um, ou seja: por que certas pessoas agem como agem?
Mas por que “recheado de spoilers”? Porque conforme eu assistia e me identificava com experiências e características dos personagens, senti que eu deveria 1: expôr em detalhes o que a série refletiu pra mim; e 2: reforçar os sinais para aqueles que talvez não tenham absorvido o potencial da abordagem feita pela mesma. Então não trata-se de uma crítica – até porque já tem várias por aí, basta jogar no google – mas sim uma looonga análise, das diferentes questões apresentadas ao espectador.

“Pegue um lanche. Acomode-se. Porque eu estou prestes a contar pra você a história da minha vida.”

Hannah Baker é uma garota linda. E veja bem, poderiam ter escolhido uma atriz comum, que não tivesse olhos azuis ou um rosto tão marcante. Mas talvez – talvez – não causaria o mesmo impacto. Pelo infeliz fato de que muitos de nós costumam ter a ideia errada de que certas coisas não acontecem com certas pessoas. “Uau, ela é tão bonita, com certeza tem tudo sob controle”, “Ela deve ter a vida perfeita” – e se enganam com a seleção de momentos maravilhosos publicados nas redes sociais, colocando uns e outros em pedestais imaculados. Mas a verdade é que ninguém está livre de problemas ou de sofrer danos psicológicos e traumáticos causados pelos mesmos. Não… O que acontece é que alguns de nós se esforçam para escondê-los muito bem.

Dito isso, confesso que fiquei chateada quando me deparei com comentários de que 13 Reasons Why trata-se de só mais uma série adolescente sobre bullying e problemas no ensino médio. Ou de que começaram a ver e desistiram por achar boba, fraca ou mal desenvolvida. Para deixar claro: o começo só mostra a pontinha do iceberg. E ainda que os personagens principais sejam adolescentes – e a atuação deles é maravilhosa -, a série retrata muito bem conflitos que também se repetem na vida adulta. Provoca uma baita experiência de reflexão. E se você tem depressão, ansiedade, passou por algum trauma ou tem algum outro problema psicológico, é extremamente fácil mesclar os sentimentos da protagonista com os seus, como foi o meu caso.

Suicidar-se e deixar 13 fitas cassete para serem ouvidas e repassadas pelas 13 pessoas que contribuíram de algum modo para que essa atitude drástica fosse tomada. Sinistro? Sim. Desnecessário? Bom… não se você tiver a chance de ver ouvir pela perspectiva da vítima. E assim sair da sua zona de conforto e parar para refletir sobre as suas atitudes perante ao próximo. Pois afinal de contas, porque uma garota morta mentiria?

“Ninguém sabe o que realmente acontece na vida de outra pessoa. E você nunca sabe como o que faz vai afetar outra pessoa.”

A Hannah apresentada no começo é confiante. Em certos momentos até meio irritante por falar umas coisas bobas para o Clay – seu único amigo até então desde que sua melhor amiga se mudou da cidade na qual ela própria ainda era uma novata.
Ela se mostra segura de si mesma, sorri mais e também não se intimida quando fica a fim de um garoto logo de cara. Infelizmente esse garoto em si não merecia a confiança e intensidade que Hannah tinha para oferecer. Para ele, ela era só mais uma. Para ela, ele poderia vir a ser especial. E então uma foto que fora de contexto poderia ser facilmente interpretada de maneira diferente, é espalhada para todos.
É difícil descrever como qualquer um reagiria, pois só o fato de receber olhares fazendo graça com a sua cara já é humilhante por si só. Mas fiz questão de descrever essa parte em especial, pois logo em seguida surge o primeiro sinal de que tem algo errado com Hannah e de que ela não quer ficar sozinha. Ela pede sem jeito para se sentar com Clay no intervalo e ele reluta, olhando para os lados e dizendo que tem trabalho a fazer. Mas ela não dá bola e senta do mesmo jeito, e então começa a puxar qualquer assunto que vem em mente. E eu me vi MUITO nela nessa cena, nossa. Quantas vezes já quis ficar só perto de alguém que eu gosto e que sei que não vai me julgar, e fiquei inquieta, querendo apenas uma companhia mas ao mesmo tempo quebrar o gelo? Na maioria das vezes eu acabo agindo de modo sem graça e não consigo evoluir uma conversa, mas apenas o fato de estar ali, com alguém, é o que importa.

Nesse caso, o Clay fez a besteira de falar o que não devia na hora em que a Hannah mais precisava, e só piorou toda a situação.

Mas vamos para os outros sinais. Tem um certo momento em que a Hannah pergunta para o Clay se ele achava que um dia ela poderia ser tão bonita quanto Jessica Davis – sua amiga/ex-amiga. E ele diz: “Bom, a Jessica é bonita e tudo mais… mas você é… especial.” E ela responde: “Especial. Tipo retardada.” Oops. A arte de num momento vulnerável distorcer completamente – e sem querer – o que a pessoa (do modo mais gentil possível) lhe disse: eu de novo. Acredite, não é proposital, e também não é sem importância. Aquilo condiz simplesmente com tudo que eu não precisava ouvir naquele momento. Mas como alguém pode saber o que se passa na nossa cabeça? Como adivinhar, se somos todos imperfeitos? Principalmente se você não conhece a pessoa há tempo suficiente para saber das suas inseguranças e medos? Logo em seguida o Clay até diz: “Espere, como essa conversa deu errado tão rápido?”. Porque quem está ao seu redor fica tão confuso quanto você. Porque de novo, só a gente sabe o turbilhão que está passando na nossa mente naquele instante, enquanto aos olhares da multidão parecemos agir normalmente. Naquele instante que nos levou àquela conversa, àquela pergunta traiçoeira. E ambos são afetados.

“Parecia que não importava o que eu fizesse, eu sempre decepcionava as pessoas.”

Se você pegar um caso isolado que a Hannah passou (e até então eu mencionei apenas um deles, o inicial), talvez pense que tirar sua própria vida tenha sido um exagero, um impulso errôneo. Mas eu tenho certeza que no dia-a-dia, muitos espectadores que fecham os olhos para a culpa, pensam: “Ah, mas eu só fiz uma brincadeira”, “Meu, e daí se ela ta chateada, todo mundo passa por isso, todo mundo tem problemas”, “Cara, quanto drama pra pouca coisa. Ela só reclama quando na verdade devia agradecer de boca cheia”, “Com essa cara emburrada não vai chegar a lugar algum”, “A vida é assim mesmo, não é se isolando que isso vai mudar”, “Foi só um comentário, pára com isso”, “Sério que você vai ficar assim por uma besteira?”.
Ninguém pode julgar algo como besteira por você. Ninguém pode classificar o que te faz mal por você. Ninguém. NINGUÉM. E apenas uma das várias mensagens que a série nos ensina, é que: PEQUENAS COISAS IMPORTAM. Para o bem, ou para o mal.

Bullying na escola pelo primeiro beijo ter sido confundido com uma transa fácil. Fazer uma amiga e ela se distanciar porque começou a namorar com seu outro amigo, que no fim das contas também se distancia. Ser objetificada numa lista idiota e aumentar os assédios ao seu redor. Ser stalkeada por uma pessoa sem noção que tira sua privacidade e registra algo íntimo seu. Ser desmentida por alguém que você considerava uma amiga e que na primeira vulnerabilidade te apunhala pelas costas. Tentar dar mais uma chance para o amor e sofrer abuso de um semiconhecido que parecia legal, mas só te considerava fácil. Ser a pequena vingança do colega que teve o ego ferido por não saber aceitar um não. Ter que conviver com o peso da culpa da morte de uma pessoa querida, porque sua suposta amiga te deixou na mão e não quis se envolver. Ver sua amiga ser estuprada na sua frente e não conseguir fazer nada – e saber que o namorado dela consentiu de certa forma com o ato. Sofrer um estupro. Por fim, tentar pedir ajuda mas ser julgada por ter ficado calada.

Será que Hannah era mesmo só uma drama queen que se matou por atenção?

Será que você tem a mínima noção do que se esconde por trás do sorriso do colega ao lado? 90% do tempo, ninguém tem. Muitas vezes nem os próprios amigos, que dirá os próprios pais ou familiares. Porque é difícil falar sobre. Meu Deus, é altamente complexo explicar. E às vezes parece muito mais fácil viver um personagem dia a pós dia, cumprindo suas tarefas e fazendo de conta – por fora – que está tudo ok. Mas aquilo vai te consumindo de uma maneira que você não consegue mais ter controle da situação na maior parte do tempo, e aí vem as recaídas, surtos do nada. Mas não é como se você tivesse um holofote na sua cabeça, porque na maioria das vezes ninguém parece realmente se importar. E aqueles que se importam e que se mostram interessados, são as pessoas que você tem medo de se abrir porque você não tem certeza de como eles irão reagir. O que eles vão pensar de mim? Como supostamente eles podem me ajudar? Eles não conseguirão entender e pensarão que é frescura. E quando se dá conta, em alguns momentos, é como se você já tivesse morrido por dentro e fosse apenas um espectador vendo a vida passar.

“Mas você não pode fugir de si mesmo. Você não pode decidir não ver mais a si mesmo. Você não pode simplesmente decidir desligar os ruídos da sua mente.”

Por falar em não conseguir se abrir, é onde entra o Clay. Também me identifiquei muito com esse jeito mais desligado e aéreo dele. Que é o mais calado, por vezes demora a agir mas é aquele que sente demais, se envolve demais e acaba sofrendo por dentro ao ponto de ser consumido por aquilo que não fez. O garoto que tem ansiedade, mente sobre sua vida pessoal, tenta fazer sozinho o que estiver ao seu alcance, chora no banheiro… mas que apenas quer que tudo – de alguma forma – fique bem.
Desde o lançamento da série o que mais vejo pela internet são posts e memes sobre a demora dele em ouvir as fitas. “Que garoto lerdo”, “Que garoto burro!” Aprenderam certinho com a série, hein? Tirando o fato de que esse ritmo é proposital do planejamento de episódios da série, acho que alguns não consideraram que ele foi o único amigo que amou verdadeiramente a Hannah, que nutriu sentimentos por ela, se apegou e se importou. Eu chorei só de reviver os momentos com ele e imaginar o sofrimento dela, imagina se estivesse inserida na história tão fundo desde o início? Então eu diria que faz sentido a relutância dele em ouvir tudo de uma vez só. Tanto que antes dele, nenhum dos outros envolvidos se mostrou tão apto a ponto de erguer as mangas para fazer alguma coisa. Qualquer coisa.

Voltando para as ações da Hannah como referência e sobre as pessoas ao seu redor não perceberem que você está passando por algo – ou até chegarem a se questionar, mas, deixarem passar batido. Um exemplo disso é quando ela faz aquela mudança surpresa no cabelo e o corta bem curtinho. Sua mãe só abre um sorriso, e diz: “Hey, eu quase não reconheci você!”, e em seguida volta sua atenção para outra coisa. Pequeninos sinais. Razões não tão pequenas e sem importância assim.

“Talvez você tenha feito algo cruel. Ou talvez só tenha
observado acontecer.”

Chega um momento em que tudo se acumula, as coisas se repetem dia após dia e você não vê diferença. Não enxerga uma perspectiva de melhora. Então você sente a necessidade de mudar algo, de ter um novo começo, de ser uma nova pessoa. E talvez algo que pode parecer bobo para os outros, pode te ajudar a dar mais um passo para tentar seguir em frente. Sei disso pois assim como a Hannah, recentemente também fiz uma mudança drástica e cortei meu cabelo bem curto, depois de anos com cabelo até a cintura. Fiz uma tatuagem no braço. E os motivos se aplicam aos que acabei de descrever acima – sem esquecer de mencionar o principal deles: porque eu quis. Mudei, mas pra mim, não para os outros. Mudei para não ser invisível para mim mesma. E o que ouvi? “Não acredito que fez isso com seu cabelo! Mas que bom que cresce, né?”, “Que coragem, fazer uma tatuagem”. É, coragem em dar um tapa no visual enquanto ao mesmo tempo você luta contra a coragem para não desistir de si mesma. As pessoas não tem ideia.

Não diminua a dor do outro. Não faça brincadeiras idiotas. Não prometa algo que não pode cumprir. Palavras machucam. A forma que você demonstra algo, pode significar muito mais para o próximo. Postar uma foto sorrindo ou de corpo inteiro, sair pra fazer alguma coisa, escrever um texto pessoal, participar de alguma atividade… tudo isso são pequenas vitórias. Um elogio ou uma palavra de motivação pode fazer o dia de uma pessoa. Você não sabe por quantas “besteiras”, pequenas decepções e brincadeiras inofensivas a mesma já passou e foram criando força, ao ponto de torná-la como ela é hoje. Todos os que apontam o comportamento arredio/revoltado do outro como vitimismo ou frescura são adultos bem resolvidos e saudáveis, não é mesmo? Todos os que afirmam não saber o que é bullying, que ansiedade é fraqueza, que depressão é uma desculpa, que passaram por isso na infância, mas cresceram e “não tiveram dano algum”. Bom, claramente tiveram.

Participo de um grupo para garotas com problemas psicológicos, e você ficaria surpreso com a quantidade de gatilhos diários e com o número de mulheres que pedem ajuda porque estão prestes a acabar de uma vez com a própria vida. As faixas etárias oscilam muito. Então veja bem: já passou da hora de tratarmos problemas sérios da maneira como eles devem ser tratados. Não seja o porquê de alguém. Não contribua para “sem querer querendo” foder (com o perdão da palavra) ainda mais com o psicológico de alguém que já sofreu muito, e muitas vezes lida diariamente com o que considera a decepção sobre ser si mesma, porque está lutando para passar por cima disso. É preciso estar ciente de que a depressão não afeta só o plano mental, mas também o corpo, por estágios. O que a torna tão perigosa é o fato de ser silenciosa, por vezes, quase imperceptível. Pois infelizmente, quando você se dá conta, ela já faz parte da sua vida.

E se você está passando por uma fase difícil, procure ajuda. Rodeie-se do que te faz bem, antes que você perca prazer nisso também. Mude o seu visual, tire uma foto sorrindo – ainda que para convencer a si mesmo de que é possível sorrir, mesmo nos piores dias. Leia um livro, vá ao cinema, ouça uma música. Faça qualquer coisa que te provoque uma sensação boa, e tente não ligar caso te julguem por sua escolha, seja lá qual for. Gaste com si mesmo e dê um presente para você – não espere que os outros o façam. Abrace seu animal de estimação. Chore o quanto for preciso e tome um banho quente em seguida. Converse, ou tente. Eu sei que sentir-se sozinho às vezes é inevitável, e muitas – tragicamente muitas – vezes nem eu mesma sigo os próprio conselhos que estou listando aqui. Mas um passo de cada vez. Não há pressa. Como é descrito em Hold On do Shawn Mendes: “Eu não sei o que está te incomodando, mas há tanta vida à sua frente. E as coisas não diminuirão de ritmo, não importa o que você faça. Então, você só tem que aguentar firme. Tudo o que podemos fazer é aguentar firme.

Tony não estava seguindo Clay de turnos em turnos pra ter certeza de que ele estava ouvindo as fitas, mas sim porque ele estava preocupado e com medo do que Clay faria quando ele ouvisse. Para que o que aconteceu com Hannah não se repetisse. Espero que você tenha se dado conta disso. Não perca os sinais de quem está ao seu lado, não deixe passar.

Como alguém familiarizada com tais experiências, eu precisava mostrar esse outro lado da série refletido pra mim. Pois 13 Reasons Why não foi feita especificamente para os afetados, mas sim para a sociedade. Não foi feita para ser bacana de assistir, mas sim para incomodar e fazer pensar. É sobre sentir-se impotente quando já é tarde demais. Não seja um porque. Todos importam.

Tem que melhorar. A forma como nós tratamos uns aos outros e cuidamos uns dos outros, tem de melhorar de alguma forma.”

EDIT 10/04:

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Priih

Priscila Cardoso (프리실라 카르도스), ou apenas Priih. 29. Inconstante em muitos níveis e intensa igualmente. Escreve incontroladamente sobre tudo e tagarela sobre a Coreia desde 2008. Descobre novas paixões a cada dia e não dispensa livros, música e uma boa caneca de café.
  • Cintia

    Fui procurar uma frase no Google que descrevesse o que sinto, porque nem eu mesma consigo expressar. Daí me deparei com seu site. Fez muito sentido tudo que passo. Já havia assistido a série e entendia a Hannah muito bem. Me via nela. Não é nada fácil, quem julga é porque não sabe a dor que há no outro. A dor do coração é pior que a dor física e não tem remédio que tire essa dor como tem para dores físicas.

    18 de fevereiro de 2018 at 1:25 Responder
  • Felipe Lange

    essa série é incrível, passa uma mensagem super importante!
    Blog Entrelinhas

    19 de julho de 2017 at 16:39 Responder
  • Gabs

    Hey seu texto é muito bom! Você disse o que eu gostaria de dizer para algumas pessoas que falam mal da série sem ter entrado em toda sua complexidade e profundidade. Acredito que o fato de ter relatado sua identificação com os personagens e situações da série mostra que você realmente captou a mensagem que é simples: empatia, que, estranhamente, é algo quase que raro esses dias. Parabéns, teu blog é muito bacana e você é um amorzinho <3

    18 de julho de 2017 at 12:03 Responder
  • Amanda

    Eu ainda não assisti a série por falta de tempo, mas li a um tempo atrás. Tenho depressão e ansiedade e ele me ajudou em alguns pontos na época.
    Concordo com tudo o que você falou em seu texto e também vejo a importância de as pessoas assistirem à esta série. Seria importante também se procurasse mais filmes e séries que abordam o tema, que são bastante.

    Parabéns pelo texto!

    10 de maio de 2017 at 11:40 Responder
  • Marcelo

    Não li esse texto quando você o publicou, priih, porque na época não tinha assistido a série, e como tinha muita gente falando sobre ela, e por ter esse pressentimento de que acabaria assistido mais cedo ou mais tarde, acabei deixando para depois.

    Bom, o depois chegou e estou aqui para dizer que, pelo amor, as pessoas têm que colocar na cabeça que a série não romantiza o suicídio, precisam parar de dizer que a série é boba ou mal feita sem tê-la assistido por inteiro, ou de dizerem que suicídio é frescura ou que só quem é fraco suicida, porque definitivamente não é assim que as coisas são.

    Pelo contrário, a série é muito bem feita, tanto nos quesitos próprios como na composição das cenas, no ritmo constante e asfixiante de cada episódio, ambientação, no uso de dois tons para representar o passado e o presente, e assim por diante, como nos méritos da obra original, que incluem o roteiro e a forma como a trama utiliza muito bem personagens que são tropes clássicos de séries adolescentes para ressaltar situações absolutamente reais e que são a causa de não apenas o suicídio como também o uso de drogas, depressão, direção perigosa e automutilação na adolescência, principalmente.

    20 de abril de 2017 at 14:58 Responder
  • niechoi

    Hey Priih linda ♥ saudades de vir aqui! haha
    Não assisti a série e sua análise me fez ter vontade de assisti-la! Obrigada por ter se dedicado no post, pela sensibilidade que teve e pela coragem de expor coisas pessoais nele. (Eu sei que é o SEU blog, e obviamente terá coisas pessoas suas, massss você entendeu o que eu quis dizer né?! Hahah)
    Sou outra aloka que resolveu mudar esse ano e cortar o cabelo, e ouvi mais: “Nossa que coragem! Vocé é louca??! Por que você fez isso?! Seu cabelo tava tão lindo!”, do que: “É bom mudar né?!”; e claro que não cortei o cabelo pensando em agradar os outros, e nem receber mil elogios, mas realmente a maioria das pessoas não fazem a mínima ideia do poder que simples palavras e atitudes tem.
    Enfim, só pra mostrar um pouco que “I know that feel sis”, e que novamente estou muito orgulhosa das suas mudanças internas, que consequentemente te afetaram externamente, e te fizeram se sentir “mais Priih” ♥.
    Como você disse no texto, você acaba não seguindo seus próprios conselhos, então tia Nathy vai ter que entrar em ação haha (?); sobre o grupo do face, você não acha que isso só te deixa pior? Que você acaba se identificando mas da maneira ruim? Porque eu me senti mal só de ler “(…) e você ficaria surpreso com a quantidade de gatilhos diários e com o número de mulheres que pedem ajuda porque estão prestes a acabar de uma vez com a própria vida. As faixas etárias oscilam muito.”.
    Com certeza o grupo deve ajudar essas meninas a não fazerem isso; mas de alguma forma “o lado negro da força” acho que acaba pesando mt mais e te afetando de uma forma ruim. Desculpe se isso não te afeta em um lado negativo, mas caso sim, faça um teste dando unfollow no grupo, ou de qualquer outra coisa que acabe sendo um “dementador” pra você (mereço 10 nas referências hoje hein?! haha n).
    Eu por exemplo, nem estou entrando no face e tumblr mais, porque percebi que me deixavam bem mal; e só converso com alguém quando eu sinto que estou confortável em falar com aquela pessoa. Isso me ajudou bastante, até estou procrastinando menos e colocando em prática algumas metas de 2012 que não tinha cumprido ainda hahah então recomendo o teste!
    Pra finalizar, saiba que você não me incomoda em momento algum ok?! Pode mandar meme, textão, vídeo, música, qualquer coisa a qualquer momento no inbox hahaha ILY ♥
    Ps: Vou criar um blog de “repostas aos posts da Priih”, porque cada vez que venho aqui eu deixo um texto maior que o post hahaha.

    12 de abril de 2017 at 2:53 Responder
  • Alf

    Pri que texto incrível <3 como todos os que você faz inclusive. Não tem como a gente não se identificar com a série. As pessoas olham de longe e não imaginam o que acontece na vida de uma pessoa. Quantas vezes a gente já não foi Hanna, Clay ou até mesmo um dos porquês? Mas devo dizer que eu amei muito as mudanças que você fez, sinto que de alguma forma te libertaram um pouco de uma forma bem positiva. Sabe que sempre pode contar comigo pra o que precisar ❤❤

    8 de abril de 2017 at 16:19 Responder

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