Seria esse o meu novo livro favorito do Rick Riordan? A resposta é: SIM, sem dúvidas! ♡

Vamos começar pelo fato de que quando eu soube que o autor faria uma nova saga dentro do universo de Percy Jackson, eu vibrei. Sou muito #aloka com as coisas que eu realmente gosto, então não é difícil me ver tuitando loucamente, ou postando mil fotos, ou compartilhando algo no facebook pra expressar minha empolgação amor. Sabe aquela euforia que dá ao acompanhar algo, e você pensa “O MUNDO PRECISA SABER DISSO!”? É exatamente como eu me sinto – quase que, bem… sempre.

O Oráculo Oculto se passa aproximadamente seis meses após os acontecimentos de O Sangue do Olimpo, o qual, aliás, infelizmente deixou lacunas em aberto e um pouco a desejar. E sim, antes de se aventurar nesse livro, eu recomendo que você leia as duas séries anteriores: Percy Jackson e os Olimpianos e Percy Jackson e os Heróis do Olimpo. Do contrário será como cair de pára-quedas num terreno desconhecido, pois o autor faz referências o tempo todo à acontecimentos anteriores, além de linkar personagens. Não sei vocês, mas eu não gosto de começar as coisas “pela metade” e ficar com informações no ar.
Tentarei não dar spoilers, mas se você não leu nenhum livro (como assim?? vamos mudar isso?!), fique tranquilo, pois acredito que de um modo geral, o que mencionarei aqui não afetará a sua experiência de leitura.

“Zeus, o que eu fiz pra merecer isso?”

Apolo: deus do sol, da arqueria, da poesia, da cura, da música, da beleza, da perfeição… a lista é enorme e não acaba por aí, e talvez seja por isso que ele tenha o ego do tamanho do Monte Olimpo. Vale começar mencionando que a narrativa do livro é feita toda em primeira pessoa, pelo próprio Apolo, e apenas: não poderia ser mais divertida e incrível! Admito que tive minhas dúvidas se seria realmente bacana fazer uma série focada no Apolo, pois suas atitudes quando apresentado nos livros anteriores não foram as mais receptivas, digamos assim. Ele se acha. Pensa que é o dono da razão. Por vezes, é arrogante. Então o seu pai, ninguém menos que o todo poderoso Zeus, resolve bani-lo do Olimpo por tempo indeterminado. “SUA CULPA, SUA PUNIÇÃO” era só o que Apolo lembrava.

Apolo literalmente cai na terra como um mero mortal de 16 anos, com espinhas, uma leve protuberância na barriga, e com o nome de Lester Papadopoulos. Seria um pesadelo? É óbvio, Zeus só estava de brincadeira, pois, como pode um deus lindo, charmoso e poderoso como Apolo se tornar um adolescente espinhento preso no mundo mortal? Sem dúvidas, tudo não passa de um mal entendido… só que não. Após o choque, Apolo então se dá conta de que precisará passar por provações (daí a razão da série chamar-se As Provações de Apolo), até ser julgado como merecedor pelo seu pai a voltar a ser um deus.

“É claro que não me faltavam inimigos. Uma das consequências naturais de ser tão incrível é que eu atraía inveja por onde passava.”

No início do livro e pouco mais além, Apolo mostra-se 100% inconformado. Ele é humilhado por pivetes, e, ao tornar-se mortal perde seus poderes e, consequentemente grande parte de suas memórias. Ele está indignado, sentindo-se frágil, feio, basicamente um fracassado. Consequências? Ele reclama o tempo todo. Notei que alguns leitores se incomodaram com isso, mas pra ser sincera eu achei esse comportamento perfeitamente plausível. Na boa, ele é só um dos deuses mais narcisistas da mitologia grega, logo, não esperaria menos do que a personificação de um adolescente metido e com o ego ferido que no seu atual estado mais parece um bebê chorão.

“Você é lindo e as pessoas te amam!”

Seja com seu ego exacerbado ou com suas lamentações, Apolo é irritante em certos vários momentos, eu concordo. Mas a narrativa é tão boa que ele torna-se irritantemente divertido. Acredito que se eu não tivesse lido nenhum outro livro do Rick Riordan e começasse por esse, eu desistiria no ato. Acharia meio bobo, forçado e pouco atrativo. Por isso essa familiarização com a escrita, personagens e o universo criado é importante. Houve uma construção de 10 livros (fora os extras), até chegar nos acontecimentos atuais, então tudo tem um ciclo e uma justificativa.

Adorei a inserção de uma personagem feminina tão novinha e ao mesmo tempo tão poderosa: Meg McCaffrey. Gostei mais ainda da construção do personagem dela, que em momento algum se sente intimidada por Apolo, o que o desconcerta ainda mais e o ajuda a “cair na real”. O desenvolvimento do próprio Apolo também é muito interessante, com toda essa inversão de valores que ele sofre e que precisa se adaptar na marra para aprender a prezar o que realmente é importante.

“Tive vontade de rir. Como eu poderia me acostumar a ser apenas bom? Por que me esforçaria para melhorar se antes era divino?”

Outro ponto positivo é como o tio Rick foi capaz de explicar e concluir questionamentos que ficaram em aberto no último livro, O Sangue do Olimpo. Isso me surpreendeu, e ao mesmo tempo me fez uma pessoa mais realizada hahaha.
No mais, devo dizer que ele continua trazendo mais tópicos atuais e pertinentes a serem levantados, e isso me deixa muito contente, principalmente pelo público-alvo dele ser juvenil. Rick Riordan trata a homossexualidade da forma mais natural – e bonita – do mundo, como deve ser feito. Mas isso já não é novidade. Ele abordou outra questão muito importante no primeiro livro dessa saga, mas agora deixarei vocês no escuro ou serei obrigada a dar spoilers…

Com uma linguagem leve, jovem, descontraída e fácil de acompanhar, que só o Rick Riordan sabe fazer, As Provações de Apolo – O Oráculo Oculto me cativou bastante. Dei gargalhadas, chorei um pouquinho, fiquei nervosa e em alguns momentos também meio WTF?, mas o saldo final definitivamente foi positivo. Estava com saudades desse tipo de escrita e só tenho expectativas para a continuação da série. O primeiro livro terminou com um gosto de quero mais e com a breve sensação de que poderia ser um pouco mais explorado, mas nada que desmereça a obra ♡.

E para finalizar, deixo-os com um dos book trailers para apresentar o lançamento do livro