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A tal crise dos vinte e cinco

Estou com um post antigo no rascunho que eu tinha a intenção de publicar antes de qualquer outro, mas me jogaram uma zica das bravas e fiquei doente por duas semanas. Para completar, o hd do meu note foi pro espaço, o que impossibilitou de vez a finalização do post em questão, que aliás, era sobre um assunto de junho. Logo, é de se imaginar que isso tirou toda a minha empolgação de publicá-lo. Talvez eu reconsidere e o faça mais tarde, talvez não. O fato é que estou inquieta há meses, e entre um café e outro, esse curto período de tempo off me fez refletir sobre algo que eu não queria encarar: a famosa crise dos 25 anos.

No início do ano, logo após o meu aniversário, divaguei aqui no blog sobre o que eu aprendi com os meus 25 anos. Lá mesmo, comento que há inúmeros artigos sobre as crises de idade que passamos. E de fato, há. Que atire a primeira pedra aquele que nunca perdeu horas questionando o que diabos pretende fazer da vida ou qual rumo tomar. E é nessa parte que entra aquela citação de um autor desconhecido: “Todos estão travando uma batalha que você não sabe nada a respeito. Seja gentil. Sempre.”
Todo mundo entra em conflito consigo mesmo alguma vez na vida (no meu caso, várias vezes), todo mundo se sente perdido em certo momento, ou com medo do futuro, ou de não se sair bem em algo. Por isso, a maioria desses artigos pela internet pode soar repetitiva, cômica e clichê. Mas aqui, vou mencionar a minha crise, baseada nas minhas neuras e na minha vida. Porque de novo (e agora parafraseio a mim mesma): cada um tem suas particularidades, seus porquês, seus poréns. Então seja bem vindo ao meu lado obscuro, e reserve uma playlist alto-astral para ouvir logo após finalizar a leitura desse post. Trust me.

i. “Me esforcei nisso, mas não é o bastante. No final das contas ninguém liga mesmo.”

Reza a lenda que quando escolhemos fazer algo, devemos fazer para nós mesmos e somente para nós, como um foco, objetivo. De modo que seja algo que queremos muito e que a opinião (ou falta) do outro seja indiferente diante do nosso esforço. Mas aposto que quem ditou isso, nunca lidou com alguém perfeccionista ou com falta de confiança em si mesmo. Ou com ambas características juntas.
Vivo essa sensação a todo momento, para cada coisa que eu faço. Seja no blog, em projetos pessoais, ou até mesmo em alguma novidade na vida pessoal/profissional que eu conto para os outros. Na maioria das vezes a resposta soa superficial, um comentário vago ou com um entusiasmo medido exatamente para aquele momento e pronto. Parece loucura, afinal “O que mais você espera dos outros, Priscila?!”. Não sei, mas conseguimos identificar quando alguém realmente se importa/dá valor para algo que você faz. Seja um conhecido ou um amigo próximo. E ok, isso não deveria me desanimar totalmente, certo? Afinal concluí uma coisa que eu fiz pra mim, algo que eu queria. “Dane-se que ninguém ligou, eu vou continuar me esforçando e dando o meu melhor.” Expectativa X Realidade. A verdade é que cada vez que isso acontece, algo em mim diminui gradativamente, como quando abaixamos levemente o volume da música de um carro, com a intenção de abafar o som, mas não por completo.

ii. “Afasto as pessoas porque sou fria ou sou fria porque afasto as pessoas?”

Não tenho certeza se sou realmente fria com as pessoas que conheço, mas admito que não sou fácil de lidar e que muitos se afastam por não entenderem “qual é a minha”. Acredite, nem eu sei qual é a minha. Ansiedade faz isso com as pessoas. Num momento você está super tranquila, deseja sair, um pouco de diversão… no outro já se fecha, se recusa a falar com qualquer um (até mesmo com seus melhores amigos), e deseja apenas ficar sozinha com um bom livro ou uma boa música. O que acontece é que você se preocupa sobre como vai agir, o que vai falar (“quais são as novidades?” nenhuma, a mesma rotina de sempre que me frustra a cada dia, e você?), e isso te consome de tal forma que você revida contatos e responde com monossílabos. Não faço por mal, às vezes só quero ficar sozinha com meus pensamentos ou organizar minha mente. Não solitária, sozinha. Mesmo no meu canto, quero ter a sensação de que ainda há pessoas lá fora com quem eu posso contar. Confuso? Egoísta? Talvez.

iii. “Quero conquistar o mundo! (numa cama confortável, de olhos fechados, num sono gostoso e com um sorriso no rosto)”

A minha empolgação para fazer as coisas se esvai com a mesma rapidez que aparece subitamente, e no lugar dela vem o desânimo disfarçado de procrastinação. Sinto urgência em finalizar meus projetos, em juntar dinheiro, em riscar itens intermináveis da minha lista de pendências, em estudar com mais afinco. Eu penso: “Não quero ficar para trás, preciso me destacar na multidão. Meus amigos estão fazendo isso e aquilo; nessa idade minha irmã tinha conquistado muito mais coisas, e parece que eu estou engatinhando constantemente.” E assim, basta uma comparação para diminuir meu ritmo, apontar todos os meus defeitos e falhas e magicamente fazer com que eu não tenha disposição pra mais nada. De repente, parece inevitável deitar na cama, me cobrir com o máximo de cobertas que eu puder para não enxergar o mundo ao meu redor, e me perder no netflix.

iv. Pensamentos confusos, reticências (…), conclusões mais confusas ainda.

Sabe aquele ditado “cabeça vazia, oficina do diabo”? Bom, minha cabeça nunca está vazia. Vivo numa confusão constante de pensamentos e questionamentos. Por isso, devo dizer que nem de longe ela chega a ser uma oficina da paz, ou algo do tipo. Pelo contrário, é mesmo uma “oficina do diabo” completa, com sobrado, garagem, suíte, sala de estar e tudo que tiver direito. Uma hora estou convicta que tudo vai melhorar, surgem ideias mirabolantes sobre como ajeitar minha vida, conseguir guardar dinheiro sem me apertar, ajeitar meus horários para encaixar tudo que eu preciso fazer, etc. “Ânimo! É só questão de tempo, vai dar tudo certo.” Já em outros momentos parece que tudo está arruinado e não tem mais jeito, que a minha vida será essa loucura sem sentido para sempre. Recaída. Um avanço firme. Outra recaída… Uma montanha russa eterna, que não me traz solução alguma.

v. Entre um príncipe encantado e uma viagem de mochilão, eu fico com a viagem.

É, eu sei que príncipes encantados não existem. Não sou ingênua a tal ponto. Mas sou marcada por decepções a tal ponto que desacredito que vou encontrar alguém que se encaixe com as minhas peculiaridades, com a embalagem completa do meu jeito de ser e todos os extras que vem dentro. Talvez um dia eu pague com a língua e volte aqui para contar que há esperança, sim. Como diria Imp, de A Menina Submersa: “Claro que eu nunca conheci uma pessoa inocente. No fim das contas, todo mundo machuca alguém, por mais que tente não machucar.” Tudo não passa do resultado das escolhas que fazemos, e que lá no fundo, sabemos que corremos o risco do arrependimento. Mas às vezes a gente cansa de nunca acertar, e só quer ir pra bem longe, ver lugares novos, pessoas diferentes e tentar um novo começo. Sem se prender a ninguém, mas com a premissa de que experiências novas deixarão os fantasmas do passado para trás.

vi. “Há um pássaro azul em meu peito que quer sair, mas sou duro demais com ele.”

Certa vez, ouvi dois colegas conversarem sobre mim: “A Pri tem uma coisa que eu não sei explicar, mas se ela conseguisse descobrir isso e usar a seu favor, ela ia se dar bem” “Meu, é verdade, né?”. Foi o tipo de conversa casual no ambiente de trabalho e que eu deveria estar participando, mas só acenava com a cabeça e fingia não dar muita atenção. De fato não dei atenção, exceto por essa parte específica, que ficou na minha mente. E não, ainda não descobri qual é essa coisa inexplicável em mim, mas estou trabalhando nisso. Afinal de contas, se eu não puder compreender a mim mesma, corro o risco de ser engolida por essa crise existencial traiçoeira e nunca poderei de fato viver em harmonia com o meu próprio eu.
Sabe, não acredito em felicidade plena, como um estado constante. Acredito em momentos felizes, e devo dizer que semana após semana, posso contar nos dedos de apenas uma mão, quantos momentos realmente felizes eu tenho. Mas espero que um dia essa crise passe por completo, de modo que eu possa olhar para trás e ver o quanto amadureci. Então, no futuro serei capaz de aconselhar outra pessoa tão perdida quanto eu já estive agora, e mencionar a seguinte frase:

OK, eu definitivamente não sei escrever pouco e expressar meus pensamentos de forma simples ou resumida. E provavelmente esse é um dos textos mais pessoais (e bad vibes) já publicados aqui no blog, algo que eu não tenho certeza se farei de novo.
Se você leu tudo e ficou desconcertado, então você leu certo. E se o fez mesmo, obrigada por ter absorvido cada palavra até aqui.

“Queria ser escritora, escritora de verdade, pois, se eu fosse,
imagino que não estaria fazendo essa confusão tão feia com esta história.
Me perdendo, tropeçando nos meus pés.”
A MENINA SUBMERSA —

» Crédito das tiras anexadas no post: Bicicleta Para Dois

Priih

Priscila Cardoso (프리실라 카르도스), ou apenas Priih. 29. Inconstante em muitos níveis e intensa igualmente. Escreve incontroladamente sobre tudo e tagarela sobre a Coreia desde 2008. Descobre novas paixões a cada dia e não dispensa livros, música e uma boa caneca de café.
  • Flávia

    No meu aniversário de 22 tive um crise de choro, nao de alegria de fustração, aquele sentimento ”o que estou fazendo?” acho q ja estou na pré-crise. Porém quando adolecente eu nao ligava para opniões dos outros , comecei a trab com 18, passei no vestibular porem nao fiz a faculdade pq na hora H nao era o curso q eu queria, fiquei com muitas duvidas e no tempo de ”pensar no que fazer” trabalho com finanças, gosto, mas acho q fazer a faculdade disso nao é comigo, gosto de Inglês, interpretação de textos, Literatura e Filosofia, achoq sou de humanas.
    A pressão na minha vida ainda esta mediana, meu pai é de boa, chegou a cursar faculdade de direito e trancando e se encontrando em um trabalho difenrente do q estava cursando então ele nao me pressiona a fazer faculdade ele quer q eu tenha apenas educação financeira ( econimizar e investir). Ja minha mãe me pressiona todo dia, ela hoje é dona de casa e teve muitas dificuldades para estudar, desistiu, e preferiu realizar o 2º sonho q era ser mãe, mas ela quer muito q eu seje independente e q eu nao seje como ela :( mas eu também gostaria de casar e ter filho e dedicar muito do meu tempo á ele e ao meu lar, sem trabalhar, como q eu conseguiria isso estudando ? Meu namorado ja é formado e tem um Empresa pequena e ele me incentiva, ate pelo fato de me ocupar um pouco. Estou perdida, vi nos comentarios o pessoal estudando e com a mesma crise dos 25. O que faço?? Gente é muita duvida! Não gosto de matematica, mas gosto de trabalhar em escritorio, gosto de humanas mas nao tenho noção de que curso quero. Com o tempo nossa cabeça piora? Eu tenho muita pressão interna, minha cabeça esta em conflito, parece q vou enlouquecer.

    4 de maio de 2017 at 14:06 Responder
    • Thais

      Flávia, se me permite, você ainda tá tão nova, tem taaaaaaaanta coisa pela frente! Se você curte trabalhar em escritório, o que é raríssimo (eu ODEIO), continue. Vai guardando dinheiro pra poder ser mãe em tempo integral em casa. Você já tem o apoio do seu namô e dos seus pais, o que também é excelente (eu não tenho mais pai, ele faleceu). Sou de humanas e acredite, é complicado – mas se você realmente gostar, vai em frente! Conhecimento é sempre importante. Mas se fizer literatura e filosofia, não sei se vai ganhar tanto quanto o escritório – ou não. Depende. A vida é cheia de surpresas… mas acho que a dica sempre é: cuidar bem de você mesma, aceitar seus limites e seguir o coração. Você não precisa fazer faculdade pra ser feliz também, o importante é fazer o que se gosta. De repente fazer cursos na área que gosta é mais eficaz do que o diploma (embora o diploma aumente seu salário). Enfim, é complicado mesmo. Se precisar, estou aqui :)

      4 de maio de 2017 at 15:45 Responder
  • Sames sames

    Eu posso não ter 25 anos mas tudo o que você citou eu me identifiquei ou faço o mesmo, vejo que existe alguma pessoa desse universo que se perde constantemente consigo mesma da mesma forma que eu, e isso é tão problemático comigo que eu já ate acabei com uma amizade por conta disso, pois ela não se acostumava com meu jeito,com como eu comecei a mudar e não entender o porque de como eu agia mesmo nem eu mesma sabendo, procurava sempre achar algo do mundo externo do porque de como eu agia, por exemplo quando a gente brigava por motivos de debate eu falava que era o que eu acreditava mas como eu fui muito rude falava que era brigas dentro de casa que me deixavam estressada mas não, é uma confusão tanto no que quero ser, em como sou pras pessoas e mais varias outras coisas, eu não sei porque a gente brigava por motivos tão fúteis mas sei que eu dava minha opinião mesmo que isso não valha nada pra ela assim como a nossa amizade vale o mesmo tanto agora, só espero que eu no futuro deixe de ter tantas incertezas, inseguranças comigo mesma e saiba me valorizar mais e deixar menos de me importar com dramas e blá blá blá dos outros, que eu saiba que nada do que as pessoas falam é verdade e que mesmo eu sabendo disso não saia da linha a ponto de preocupar e ligar pra isso.

    2 de abril de 2017 at 17:27 Responder
  • Dai Castro

    Ser um jovem adulto hoje em dia não está nada fácil né? Eu também passo por diversos questionamentos e minha cabeça está sempre cheia de caraminholas e passo constantemente por essa montanha russa de emoções (ora muito ansiosa querendo fazer tudo, com as melhores ideias em mente, pronta para abraçar o mundo; ora muito desanimada, limitada, deprimida) realmente não é nada fácil.
    Esse ano, posso dizer que a pressão pareceu piorar (defini mil metas, com mil prazos que não consegui cumprir justamente por não conseguir me concentrar direito em nada) dai eu realmente, cai… a gente aos poucos vai se acertando, no meu caso tive que procurar ajuda e a terapia vem me ajudando um pouquinho, fiz só algumas sessões, mas pretendo continuar. Espero que as coisas possam melhorar, que essa guerra interna acabe, tem tanta gente passando por isso, né? Desejo melhoras, ai! Força ^^

    14 de agosto de 2016 at 19:11 Responder
  • Edypo

    Ai Priih, mais uma vez vem você com esses posts pessoais, mas que falam tanto não só sobre o que você tem passado, mas de um montão de gente e essa forma como você escreve é muito especial, toca lá dentro sabe, é por isso que eu AMO seus posts pessoais e por favor, faça novamente.
    As férias estão acabando e eu tirei o último sábado antes das aulas voltarem pra ler todas as publicações do Blog que eu ainda não tinha lido, o Blog me faz muita falta e mesmo eu não estando aqui, eu estou sempre acompanhando de alguma forma, mas o Blog é especial pra mim, simplesmente por posts como esse, por isso decidi comentá-lo por último.
    Eu me vi em cada linha que você escreveu e é uma sensação de conforto saber que não sou apenas eu que se sente assim. Ainda não cheguei aos 25 anos mas acho que estou numa pré-crise dos vinte e cinco, eu sou uma pessoa extremamente perfeccionista e planejadora, quer me ver surtar decida fazer as coisas de última hora, sem planejar nada comigo antes, e com meu futuro não é diferente, ainda falta um ano e meio pra terminar a faculdade, mas eu já tenho planejado tudo, desde o mestrado, a sair de João Pessoa e ir pra Recife, enfim, coisas que eu penso em fazer, mas por enquanto só penso. As vezes eu me pego justamente pensando em coisas como “e se eu terminar o curso e não conseguir emprego?” “e se eu não conseguir me virar sozinho em outro estado?” “e se eu não conseguir o mestrado que eu tanto desejo?”, e são esses “e se…” que vão me arrastando pra um poço que eu luto diariamente para não cair.
    Sabe aquele post do Blog de abril de 2015 sobre ter coragem para mudar? Pois bem, esse post me ajudou tanto e até hoje ele é um dos mais importantes pra mim, coragem é tudo que a gente precisa Priih, e eu tenho certeza que eu, você e todo mundo que comentou nesse post vai ter pra passar por todas as crises que virão, é por isso que eu amo tanto esse Blog, aqui eu me sinto em casa, sinto que eu não estou só, obrigado Priih por proporcionar isso pra todos nós. ♥

    31 de julho de 2016 at 0:13 Responder
    • Edypo

      E eu esqueci de comentar o quanto o layout do Blog tá lindo Priih, tão minimalista ♥

      31 de julho de 2016 at 0:16 Responder
  • Thais Aux

    Bem, se me permite, vou dar alguns conselhos de quem passou por essa crise – tenho 33 anos. Vamos lá.

    i – Não faça NADA pelos outros, só por você. E esse outro que não tá se importando? É porque não se importa com você de verdade. Não busque essa aprovação. Fique satisfeita dentro de si por ter feito algo de bom no mundo.

    ii – Não é egoísta querer ficar sozinha. Você é introvertida, como eu. Já aceitei vários programas que não queria ir só pra agradar os outros. Seja você mesma e cerque-se das pessoas que te fazem bem. Elas vão entender que você é assim e te amar do mesmo jeito.

    iii – Não se compare com os outros não. Procure exemplos inspiradores de fora, tipo gente famosa que chegou lá com o próprio esforço. Também tenho problema em terminar projetos, mas uma coisa que aprendi é: o pior passo é o primeiro. Depois que você começa, a coisa flui. E se não fluir é porque não é pra fazer!

    iv – Isso só mostra que você é humana. Mas tenta sempre ter pensamentos positivos <3

    v – Uma hora a pessoa certa chega. Até lá, viaje!

    vi – O jeito de você descobrir o que você tem de bom aí dentro e a partir do autoconhecimento. No meu caso, só a terapia ajudou. Mas cada um tem um caminho.

    Te desejo muito amor nessa caminhada, viu? Beijo!

    20 de julho de 2016 at 10:12 Responder
  • Ni

    Eu não consigo não ver beleza nesse post. Fala sobre incertezas mas sobre reflexões. Eu acho muito difícil por em palavras o que eu tenho sentido, e isso dói, é desconcertante e desesperador em alguns momentos. Você conseguir traduzir, admitir e por toda essa confusão em palavras chega a ser poético.
    Eu tenho muita dificuldade em admitir todos esses sentimentos, e eles são muito reais, talvez negando eles seja minha forma de lutar contra.
    Me identifico bastante com o seu post, e me pego pensando sobre como preciso desesperadamente de um espaço meu, um canto onde eu possa estar sozinha, fazer minhas coisas, enfim, ter um controle da situação que já perdeu suas rédeas. Esperando o momento que vou olhar para traz e isso tudo vai ser um longo e interminável ontem.Me perguntando se outras pessoas já tiveram esse mesmo ontem e se há alguma esperança de que algo extraordinário ainda vai acontecer. Como todas as mais profundas dores que sentimos e hoje são passado.
    Enfim, seguimos em frente um passo depois do outro, com amizades como a sua para se manter firme. ;*
    ♪ I cry sometimes walking around my own place / Wondering why she cries sometimes / Talking about her own place / Somewhere around the mountains / No one could dry her fountain ♪

    19 de julho de 2016 at 22:38 Responder
  • Beatriz Cavalcante

    Eu li esse post como se fosse eu que tivesse escrito porque tudo o que você está sentindo eu também estou. Eu não sei mais como sair dessa bad vibes e as vezes acho que nunca vou sair disso. Minha mente é igual a sua e uma hora eu estou doida cheia de ideias, querendo fazer várias coisas com o blog, ir em mil lugares novos para conhecer e tirar fotos, tenho toda uma ideia perfeita de tudo o que eu queria que realmente acontecesse mas aí no minuto seguinte eu to deitada na cama olhando pro teto e pensando que todas essas coisas estão muito longes.

    Eu tô tão perdida que nem sei o que fazer para conseguir me achar. Acho que eu já te falei que fazia faculdade, né? Agora acabou e eu não consegui emprego e isso é pra mim é uma grande frustração. Desde o começo do ano eu tô tentando mas é sempre “ligaremos em breve” mas o telefone nunca toca. Meus pais que antes me apoiavam muito estão começando a se encher de ver eu aqui dentro de casa e isso é outro peso nas costas. Os sonhos que eu tenho todos precisam de dinheiro, por mais simples que sejam, e desse jeito quando eu vou pode realizar? Essas são as coisas que eu vivo pensando.

    As vezes eu também me fecho tanto que acabo afastando as pessoas de mim e olha que nem tem muita gente perto. É tão complicado isso. :((((((((((((((

    Mas sempre tento pensar positivo e algumas coisas boas estão acontecendo. Essa semana eu começo um novo curso e acredito que é uma chance de conseguir um emprego para ter meu dinheiro e fazer minhas coisinhas. Também conheci uma pessoa que anda deixando os dias melhores mas tem dias que realmente a bad bate e não tem jeito.

    Posso imaginar como você se sente em relação a tudo isso mas acredito que a gente um dia vai conseguir se livrar de todo esse peso. Também não acredito em felicidade constante mas acho que pelo menos um pouquinho todo mundo merece, hahaha.

    Força, Priih! Você não está sozinha nesse tempo de crises existenciais. <3333333

    19 de julho de 2016 at 17:32 Responder

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